Segundo uma nova pesquisa, corvos usam seus bicos e asas para fazer gestos, de forma muito parecida com nossos gestos com as mãos, como para apontar um objeto.Esta é a primeira vez que pesquisadores viram gestos usados desta forma na natureza, por outros animais que não sejam primatas.
Encontrei esse estudo e achei muito interessante. É algo que eu tinha curiosidade em saber:
Qual seria o significado dos corvos e dos pombos na Bíblia?
O artigo esclarece bem o assunto.É um pouco extenso mas vale a pena ler.
“E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra. Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra. A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca. E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca. E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele.” (Gênesis 8:7-12)
E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. (Mateus 3:16)
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. (Mateus 10:16)
Corvos e pombos têm algo em comum: ambos voam, ambos constroem ninhos e ambos foram utilizados como mensageiros em ocasiões da Bíblia.
No entanto, corvos eram utilizados em momentos críticos, onde a esperança parecia desvanecer dos olhos do povo. Eles indicavam tempos de dificuldade. Aves de rapina, corvos não costumam caçar, comem de tudo, mas se alimentam principalmente do que é morto. Não costumam voar para muito longe, não migram planeta a fora, são agressivos e tem medo do homem, a ponto de espantalhos com aspecto humano serem suficientes para mantê-los afastados dos milharais. A Bíblia cita cidades arrasadas pelo desígnio divino como lares de corvos – que se alimentariam das carcaças que ali restavam.
Já a simbologia dos pombos lhes é mais favorável. Até hoje são utilizados para indicar momentos de virada, em que floresce a esperança nos olhos do povo, em que há claros sinais de uma mudança para melhor, superior. São ainda comuns as revoadas de pombos em momentos apoteóticos de grandes celebrações. Eles são essencialmente herbívoros, preferindo grãos em sua dieta. Algumas variedades são migratórias: vão de um ponto a outro do planeta, em busca de temperaturas agradáveis e alimento farto. São em geral pacíficos. São famosas certas praças ao redor do mundo onde bandos de pombos se ajuntam em meio ao povo, como se não tivessem o que temer dos homens, vindo mesmo a bicar os grãos nas mãos de maravilhadas crianças.
Não foi equivocada a escolha de Noé por primeiro enviar um corvo e só depois uma pomba para avaliar o estado da Terra pós-dilúvio: antes esperava-se um cenário de destruição boiando nas águas e só depois algum indício de terra seca onde a Arca pudesse pousar.
Da mesma forma, no Reino de DEUS, atuamos por vezes como esses dois tipos de mensageiro. A minha pergunta é: Que tipo de mensageiro você quer ser no Reino de DEUS?
1. Escolhemos que mensageiro queremos ser a cada missão recebida.
A Palavra de DEUS nos fala de um profeta cujo nome tinha um significado diretamente ligado à sua função: Jonas, filho da Amitai. Se traduzirmos os nomes do hebraico para o português, teríamos: O pombo (Jonas, Yonah), filho da Minha Verdade (Amitai). É como se fôssemos remetidos aos dias de Noé, quando este enviara uma pomba em busca da verdade sobre o que acontecia na Terra pós-diluviana. O profeta Amitai, ao escolher o nome do seu filho, como que profetizou sobre a vida do mesmo, que mais tarde viria a ser mensageiro de boas novas, conforme lemos em 2 Reis 14.25
“Também este restituiu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate, até ao mar da planície; conforme a palavra do Senhor Deus de Israel, a qual falara pelo ministério de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer.”
Face às boas novas da qual fora o portador, Jonas certamente apreciava ser um profeta de DEUS. Há, de fato, prazer em se poder comunicar boas novas vindas do Trono de DEUS para os homens. Jonas havia de se julgar um privilegiado por ser um profeta de DEUS e ter tido a honra de ser o canal de tão boas novas. Mais que isso: Jonas havia de se julgar íntimo e agradável aos olhos de DEUS por tão grande honra concedida.
Conosco também é assim: apreciamos quando nosso superior nos confere missões de honra. Mas como nos comportamos quando a missão, ainda que voltada para o bem e comissionada por DEUS, é desagradável aos nossos olhos? Jonas teve uma reação adversa a uma missão que lhe fora dada por DEUS, conforme está em Jonas 1:1-3:
“E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.”
Que decepção! DEUS o mandava pregar uma mensagem de arrependimento aos inimigos do seu povo! Nesse momento, em seu coração, Jonas começou a se converter de pomba (Yonah) em corvo (‘Oreb).
2. Escolhemos que mensageiro queremos ser de acordo com a nossa visão.
Enquanto profetizava para o povo de DEUS, Jonas se julgava um privilegiado. Quando recebeu a incumbência de pregar o arrependimento a um povo infiel, colocou-se ACIMA da missão que o próprio DEUS lhe dera. Note que Jonas não duvidou que a missão lhe fora dada por DEUS – ele simplesmente não quis se rebaixar, não quis correr risco e ter que pregar aos ímpios ninivitas. A visão de Jonas era a de um profeta comissionado exclusivamente para o povo de DEUS. Portanto, ele só aceitava profetizar para os “salvos” judeus.
Ao fugir de sua missão, Jonas, o pombo, afastou-se de DEUS e tornou-se um mensageiro corvo (‘Oreb), contrário ao seu próprio nome. Jonas perdera sua visão sobre os propósitos de DEUS para sua vida.
Prossigamos no raciocínio, agora caminhando no chão dos nossos dias: A visão de Jesus para a igreja é “Ide e fazei discípulos”, não “Ide e pregai aos mesmos de sempre”. Ademais, Igreja significa “os que saem para fora”. Se não saímos do nosso quintal, se insistimos em ficar voando em torno da arca em vez de buscar a folha de oliveira, renegamos a nossa própria missão e é como se fugíssemos de DEUS, como Jonas, agora um mensageiro corvo.
Prossigamos no raciocínio, agora caminhando no chão dos nossos dias: A visão de Jesus para a igreja é “Ide e fazei discípulos”, não “Ide e pregai aos mesmos de sempre”. Ademais, Igreja significa “os que saem para fora”. Se não saímos do nosso quintal, se insistimos em ficar voando em torno da arca em vez de buscar a folha de oliveira, renegamos a nossa própria missão e é como se fugíssemos de DEUS, como Jonas, agora um mensageiro corvo.
3. Escolhemos que mensageiro queremos ser de acordo com a nossa fé.
Jonas renegou o próprio nome ao escolher se desviar de sua missão. Perdeu a visão, pois não tinha fé no poder de DEUS para converter os ninivitas. Confiava mais na sua própria capacidade limitada para somente profetizar aos mesmos de sempre, do que na capacidade de DEUS para agir sobre sua vida e converter os ninivitas dos seus caminhos maus. Jonas estava tão cego e sem fé que sequer percebeu que estava desafiando o próprio DEUS que o tornara profeta. Ele teve de aprender pela dor que DEUS não é onipotente, onipresente e onisciente só sobre o povo escolhido, mas o é sobre tudo e sobre todos! DEUS resolveu humilhar o mensageiro corvo e reconduzi-lo à sua condição de mensageiro pombo.
4. Escolhemos que mensageiro queremos ser quando buscamos sinceramente retomar nossa missão original.
Aprisionado no estômago do grande peixe, Jonas, ainda corvo, se arrependeu e foi perdoado, voltando a ser pombo. Só então pode retomar o cumprimento da sua missão. Libertado das entranhas do grande peixe, achou-se na praia, que pelo indicado nos mapas, ficava a quilômetros de Nínive. Mesmo arrependido e liberto, Jonas teve ainda que caminhar aquela grande distância, depurando seus pensamentos, até que chegou a Nínive e pregou o arrependimento aos seus inimigos. Eis o paradoxo do pombo-corvo: a mensagem pregada surtiu efeito e aquele povo se arrependeu. DEUS não mais mandaria a saraiva de fogo por sobre aquelas cento e vinte mil almas! No entanto, Jonas ainda estava tão impregnado de sua soberba que mesmo obedecendo a DEUS e presenciando a conversão miraculosa dos ninivitas, revoltou-se novamente contra os desígnios de DEUS e foi purgar suas frustrações no deserto. O propósito de DEUS era levar os ninivitas ao arrependimento. A vontade de Jonas era vê-los ardendo sob uma saraiva de fogo, como a que acometeu Sodoma e Gomorra.
Mesmo obedecendo, Jonas continuou sem visão, apesar de ter fé. Quem prega, prega primeiro a si mesmo e depois aos outros. Meu DEUS, por quantas vezes temos sido corvos com penas de pombos? Alguém pode até perguntar: Como é possível ter fé e não ter visão? Basta olhar para Jonas, o pombo que preferiu ser corvo.
Que DEUS tenha misericórdia de nós.
Autor: Robson Lelles (alguns tópicos foram resumidos)
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